A próxima vítima

Esta árvore, no trevo em frente à subida para o Rodrigão, às margens da BR-356, estava linda e maravilhosa até o início do ano. De uma hora pra outra, começou a secar e está morta. Tudo leva a crer que é mais um caso do misterioso envenenamento de árvores que acontece em Muriaé. Se a árvore está num lugar que não interessa ou algum outro motivo menos nobre ainda, uma eficiente equipe envenena suas raízes e ela morre. Uma vez morta, fica fácil conseguir a liberação para o corte no IEF. Se bem que a liberação para o corte junto ao escritório do IEF em Muriaé é fácil de conseguir em qualquer caso. É claro, em breve esta árvore, outrora linda e produtora de oxigênio e brisa fresca, vai virar lenha para a produção de tijolos. E o verão está chegando. Ô tristeza, sô!

A história se repete como farsa

Outra árvore da Rua São Pedro, no Centro de Muriaé, sofreu com a poda irregular. Olhando o tronco e os galhos após a poda, o que você diria? É exatamente isto, eles querem matar a árvore. É uma pena... peço que orações sejam destinadas a este ser vivo que não pode sequer pedir por misericórdia.

Tomara que ela consiga resistir a este atentado da ignorância.

O bem invisível

Há cerca de dois anos, os morros que margeiam a BR 356, entre a agência da Localiza e a concessionária Chevrolet, no trevo com a BR 116, foram reflorestados. As mudas vêm sofrendo com as queimadas, mas muitas sobreviveram e já mostram o vigor. Daqui a 10 anos, quando estes dois morros estiverem florestados, os benefícios para a cidade, em termos climáticos, por exemplo, serão observados. Agora, com as chuvas, elas cresceram ainda mais. A iniciativa, pelo que se sabe, partiu de um médico, proprietário de um casarão no topo dos morros. É claro que algo assim tão nobre não poderia ter surgido da administração pública.

Mangueiras enfeitam a entrada de Muriaé

Estão lindas as nove mangueiras plantadas no início da Via Saúde, próximo ao entroncamento das rodovias BR-116 e BR-356. As árvores ainda não estão produzindo frutos, mas estão viçosas e prometem uma sombra e brisa confortáveis para daqui a alguns anos. Estas mangueiras fazem a gente lembrar do ex-prefeito Paulo Fraga, que escreveu numa de suas crônicas sobre as 'estradas dos sonhos', cercadas de árvores. Imaginem como seria bom para o país se os 20 metros que margeiam as rodovias fossem ocupados por árvores frutíferas? De repente, a gente ia viajar o Brasil todo comendo manga, jabuticaba, jaca, jambo, carambola, pitanga...

Em Volta Redonda, um projeto chamado 'Pomares Urbanos' incentiva o plantio de árvores frutíferas nas áreas públicas. Assim, a prefeitura reforça a merenda escolar com frutas e, consequentemente, mais proteínas. Por que não imitar? É só copiar...

Outra coisa que fica bonito é plantar ipês, quilômetros e quilômetros de ipês. Assim, quando chega a época, a estrada fica linda, dando uma sensação de bem-estar a quem trafega por ela. O nome da cidade, quando se faz coisas boas, também vai longe. "Passei em Muriaé e vi quilômetros e quilômetros de ipês, mais quilômetros e quilômetros de árvores frutíferas..." Sim, é possível. Basta querer.

Próximo às lindas mangueiras, há constantemente a queima de pneus e outros lixos, prejudicando a qualidade do ar e as pessoas que caminham no calçadão. Passou da hora da Polícia Ambiental dar um basta nisto.

A árvore mais antiga do perímetro urbano de Muriaé

Meu amigo Jota contou-me a respeito deste lindo abacateiro, localizado no novíssimo e organizado bairro Jardim das Palmeiras, colado ao Centro de Muriaé. A árvore ostenta uma placa de centenária... é incrivelmente linda. Vale a pena uma visita.

Dedicamos à esta árvore os versos de Gilberto Gil: "Abacateiro, acataremos teu ato, nós também somos do mato, como o pato e o leão. Aguardaremos, brincaremos no regato, até que nos tragam fruto teu amor, teu coração. Abacateiro, teu recolhimento é justamente o significado da palavra temporão..."

A natureza perdoa as burrices do homem

Na rua São Pedro, Centro da cidade, uma poda deixou esta árvore praticamente sem galhos ou folhas. A tentativa de assassinar a árvore aconteceu há uns três meses aproximadamente. Mas, pasmem, a vida vence a morte. O tronco já está cheio de brotinhos verdinhos. Apesar de todo os maus tratos e descaso recebido, ela teima em viver. Este é um dos milagres que Deus nos oferece.

Dito e feito...

Pois é, gente, conforme o anunciado aqui no blog, a prefeitura de Muriaé cortou a árvore em frente à agência do Unibanco, na Praça João Pinheiro. O interessante é que desta vez o corte aconteceu às 5h20 da manhã do dia 02 de setembro. O barulho da motosserra acordou os moradores do entorno, que ficaram apavorados. Pelo menos a prefeitura já sacou que está fazendo algo errado e age de madrugada pra não aparecer cortando árvores... pelo menos eles demonstram que estão com vergonha da merdalhança que estão fazendo. Precisamos agir... precisamos protestar! Mande emails para o prefeito... não vai adiantar, mas mande assim mesmo. Mande o seu protesto para o Instituto Estadual de Floresta, cujo escritório em Muriaé virou um mero avalista dos cortes absurdos que temos visto. Lembre-se, as árvores não têm voz para gritar. Nós é que temos de gritar por elas...

A próxima vítima da motosserra da prefeitura

Esta linda árvore na Praça João Pinheiro, ao que tudo indica, está com os seus dias contados. Ela deverá ser a próxima a tombar, vítima da motosserra e da política assassina da atual administração pública. Será que podemos fazer algo? Ainda há tempo. Que tal enviar emails ou mesmo telefonar para a prefeitura, protestando contra o corte abusivo de árvores? Uma ação neste sentido foi tomada em relação ao Instituto Estadual de Florestas (IEF). O escritório local do órgão vem autorizando à miúde cortes de árvores, descumprindo os seus princípios e filosofia. Sim, vale a pena mandar emails reclamando. Precisamos agir para evitar que nossas árvores continuem tombando covardemente, tornando a nossa querida Muriaé cada vez mais quente e feia.

Saudades das árvores e da água que estavam aqui

Estas duas lindas árvores foram as que sobraram no pátio interno da Escola Dom Delfim, antiga Febem. Elas eram cercadas de mangueiras centenárias, cortadas pela prefeitura no início da atual administração pública (sic). No topo do morro que circunda a escola e o campo de futebol, hoje utilizado pelo Paulistano, havia uma mata. Esta vegetação alimentava pelo menos umas seis bicas de água mineral. Hoje está tudo seco. A única mina que restou foi a que está na Rua Ferreira Leite. Mesmo assim, um fio de água. Em Volta Redonda, pomares urbanos plantados pela prefeitura produzem frutas para a merenda escolar, além de melhorar a qualidade de vida das pessoas. E aqui? Pense...

Cortes abusivos de árvores em frente ao Hospital São Paulo

Funcionários da prefeitura de Muriaé cortaram quatro árvores em frente ao Hospital São Paulo. Na semana passada, caíram dois pés de jambo, com cerca de oito anos cada. Esta semana foram dois oitis, um deles com mais de 20 anos. Esta ação é estranha, porque o Hospital São Paulo, querendo pegar carona no marketing ambiental, dá uma árvore para cada criança que nasce na instituição. Bonito isto. Mas, ao mesmo tempo, encomenda o corte de árvores que não estão prejudicando ninguém. Aliás, servem para refrescar e fazer sombra. Também é abusivo o corte de árvores que está acontecendo no Clube do Hospital São Paulo. Quem passar pelo Morro do Castelo é só observar o desmatamento aumentando dia-a-dia. Quando é que esta gente vai aprender que não se deve cortar árvores?

Nem tudo está perdido...

Esta Castanheira na Praça São Paulo vinha sofrendo muito com a erva de pássaro, um parasita que toma conta da copa das árvores e acaba por mata-la. Não é que funcionários da prefeitura - pasmem, meus amigos, eu disse "d a p r e f e i t u r a" - fizeram um excelente trabalho e agora a árvore respira aliviada. Aliviada no bom sentido, viu, gente? Parabéns à Administração Pública por este excelente trabalho. Nossos desejos é que ele se perpetue e se multiplique por muitos e muitos anos.

Poda radical na Rua São Pedro

Várias árvores da Rua São Pedro, no Centro, sofreram - sofreram mesmo - uma poda radical, feita sem técnica ou respeito à saúde das plantas. Aos trancos e barrancos, esta rua perde o título que detinha de mais arborizada de Muriaé. Com a ajuda de alguns moradores sem consciência, que até matam ou pedem pra cortar as árvores, e a vontade atual do poder público em acabar com as árvores da cidade, a Rua São Pedro está ficando sem árvores. Disseram que o motivo da poda radical é a fiação. Mas, do outro lado da rua, onde não há fios, várias árvores também foram podadas. Se é que podemos chamar isto de poda! É poda...

Monumento ao absurdo

Conforme previamente anunciado neste blog, o Oiti da Praça João Pinheiro foi cortado. Em seu lugar ficou um monumento ao absurdo. Sem mais palavras.

Chega de nhem-nhem-nhem!

Para toda árvore cortada a prefeitura tem uma explicação. Com o nosso dinheiro, a administração pública mantém uma motosserra em plena atividade, com funcionários disponíveis para cortar e carregar troncos, galhos e folhas das árvores abatidas. Quando cortou a árvore na Praça João Pinheiro, no início de junho de 2010, o motivo é que a árvore estava doente. Mas não disseram que colocaram veneno em suas raízes pra ela secar. Exatamente como fizeram com uma árvore na esquina das ruas Ferreira Leite e Itagiba de Oliveira, na Barra. Na praça, o motivo da derrubada é a construção do coreto, embargada pelo Ministério Público. Na Barra a árvore foi envenenada e cortada porque atrapalhava os ônibus do Coletivo Murieense - de quem é esta empresa que monopoliza o transporte urbano em Muriaé? - a fazerem a curva. Por conta da copa da árvore cortada, os ônibus tinham que abrir muito pra curvar, sem esbarrar na árvore, e - por este motivo - cortaram a árvore.
É um absurdo, mas tem uma explicação. Mas qual a explicação para o corte desta árvore gigantesca na subida do morro que vai para o ginásio do Rodrigão?
Eu gostaria que o engenheiro da prefeitura, o pessoal do IEF ou quem lá que seja viesse a público pra falar. Gostaria de escutar mais uma explicação esfarrapada.

Exemplo de quem gosta de árvores

Ficou linda a poda feita num dos Oitis da Rua São Pedro. Tão bonita que a gente pode ter a certeza que não foi a prefeitura que fez. Sim, porque a prefeitura está mais interessada em cortar as árvores, não em poda-las. Quando poda, faz um serviço tão porco que fica evidente que a intenção verdadeira era matar a árvore. A árvore da Rua São Pedro faz sombra para quem passa na calçada e na vaga de estacionamento que abriga. É muito mais agradável caminhar na sombra que no Sol, né? Os carros também, quando ficam estacionados na sombra, nos acolhe melhor na volta, certo biscoito? Parabéns para o jardineiro profissional que fez o trabalho e para a pessoa que pagou pelo serviço. O pessoal da prefeitura podia dar uma passadinha lá pra aprender.

Procura-se vivo ou morto o assassino da árvore na Praça João Pinheiro

Uma árvore com mais de 50 anos foi assassinada na Praça João Pinheiro, em frente à agência do HSBC. Apesar de terem jogado algum veneno fortíssimo em suas raízes, ela ainda ostenta alguns, pouquíssimos, galhos verdes.

Coincidentemente está sendo construindo o coreto novo ao lado dela. Será que a morte desta árvore tem relação com a construção do coreto? Será quem mandou matar a árvore, que - com certeza - daqui a pouco será cortada?

O dia em que este blogueiro for rico, vai oferecer uma recompensa para quem achar e entregar à população o (ir) responsável por tamanho desatino. Provavelmente, o veneno usado para matar a árvore foi o herbicida Rand up, o mesmo que sobrou das capinas químicas que eram realizadas no município e foram proibidas pelo Ministério Público.
Segundo fontes que preferiram não se identificar, esta árvore serviu de ponto de encontro para vários casais de namorados, que hoje já têm até netos, de Muriaé. Suas sombras abrigaram durante muitos e muitos anos uma carrocinha de picolé.

Árvores não têm boca para gritar e nem pernas para correr da motosserra

Árvores são seres especiais, que transformam luz em matéria, calor em sombra fresca e chuvas em nascentes.
Há 200 anos, a área ocupada hoje pelo município de Muriaé era praticamente toda coberta pela Mata Atlântica. Não é à toa que a região chama-se Zona da Mata. Havia harmonia entre os índios Puris e Coroados, que aqui viviam, e a vegetação.
Vieram os colonos, as atividades agrícolas, a ocupação urbana, o progresso desmensurado e o município foi perdendo a sua cobertura verde.
De cada 100 árvores da Mata Atlântica original, da época do Descobrimento do Brasil, 93 já tombaram. Ou seja, hoje restam apenas 7% da Mata Atlântica nativa, que se estendia pelo litoral brasileiro.
Em Muriaé, apesar da falta de estudos a respeito, estima-se que este número ultrapasse a absurda média nacional de degradação. Com o corte das árvores, muitas nascentes secaram, o ar ficou mais denso e o calor foi aumentando.
Quem duvida que uma árvore funciona como um ar condicionado?
Inventaram a internet, a fotografia digital e a possibilidade de se dar voz às árvores. Assim, este espaço tem como meta mostrar a situação das árvores em Muriaé. Aqui as ações e iniciativas que indicam avanços e retrocessos em relação ao plantio, crescimento, poda e corte de árvores serão retratados.
O objetivo é apenas informar sobre o que vem sendo feito em relação às árvores do munícipio. Já que elas não têm boca pra gritar socorro ou dizer muito obrigado, faremos este serviço.
Toda opinião que fuja ao lugar comum será bem vinda. Participar da defesa e elogios das árvores de Muriaé só depende de você.